Peri e Cecilia.
Houve um tempo em que a leitura era obrigatória.
Era moda na epoca.
A leitura transmitia conhecimentos a quem lia.
Era chique.
Era um diferencial em meio a sociedade da epoca.
Os românticos daquela época sentiam necessidade de conceber heróis.
Mas, para se ter heróis era necessário ter um história.
Uma bela história.
Uma história que falasse de um grande herói.
Um história que pudesse mostrar até que ponto pode chegar o amor de duas pessoas.
Era isso, o amor entre duas pessoas estranhas.
E de mundo diferentes.
E foi assim mesmo que tudo começou.
A familia Mariz, vindo de Portugal, se instalou em uma fazenda às margens do Paquequer.
Em meio a uma floresta tropical.
Um lugar ainda um tanto estranho.
Bem longe de sua terra natal.
Uma familia bem vista para aquela epoca.
Com este modo de vida nem sempre se consegue agradar a todos.
A familia Mariz já criara inimigos.
O italiano Loredano.
O ainda não desenvolvimento da região.
O local ermo.
O calor insuportável do lugar.
As agruras e armadilhas da floresta.
E o maior deles os selvagens "aimorés".
Aimorés um povo bem diferente dos guaranis.
Falavam uma língua diferente dos outros indios.
Ninguém conseguia entender os aimorés.
Eram tão altos que quase pareciam gigantes.
Não eram como outros índios.
Viviam da caça.
Moravam em palhoças cobertas por palmeiras.
Foram expulsos do litoral.
Com a chegada dos colonizadores.
Eles andavam em pé de guerra.
Com os exploradores das florestas.
E foi exatamente em meio a este cenário que Peri conhece Cecilia.
Peri um indio da tribo dos guaranis.
Um indio de alma nobre.
Tinha boa convivência com Cecilia.
Conhecera Cecilia.
Se encantou com Cecilia.
Servia humildemente Cecilia.
Mostrava-se um herói.
Foi batizado.
Aceitou uma nova religião.
Tinha uma nobre missão.
Com os aimorés em pé de guerra.
Ameaçando matar a todos.
Foi incumbido de levar Cecilia à civilização...
Benedito José Rodrigues
Enviado por Benedito José Rodrigues em 21/01/2016
Alterado em 21/01/2016