Como todos nós podemos perceber não somos feitos de ferro e nem de aço.
O que  poderia significar que podemos aguentar tudo que nos acontece e nunca nos esmorecer.
Na real não é bem assim que acontece conosco.
Por trás daquele sorriso escancarado pode estar manifesto algo que não entendemos ainda.
Sem mais ou menos uma tristeza pode se apoderar de nosso coração e de nossa mente.
É como se sentíssemos muitas vezes saudades sem nunca ter partido.
Uma viagem ainda não realizada.
A ausência ainda não confirmada.
Ou mesmo a falta de algo que não conseguimos definir o que é.
É bem assim que pode acontecer.
Era uma noite gelada de julho.
Batia um vento gelado vindo do sul.
Com alguns poucos pertences em uma sacola e poucos valores no bolso e que mal deu pra comprar a passagem, sai para aquela Estação.
O horário da viagem era as 23:20 horas e com uma previsão de doze horas de viagem.
Já dentro daquele trem encontrei alguns conhecidos que também iriam fazer o mesmo percurso rumo a alguma outra Cidade.
O que de certa forma até que me animou um pouco.
Contudo, havia um aperto por dentro.
Talvez uma sensação de medo.
Ou ainda uma tristeza danada de ter que sair de lá.
E não mais voltar.
O despertador me trouxe a realidade.
Ele mostrava 04:00 de uma madrugada gelada aqui na cidade grande.
Ainda estava escuro.
Nuvens negras cobriam o céu naquela madrugada.
Mas, isso não iria impedir de se preparar para sair na labuta diária...