A mansão
As vezes neste vaivém do cotidiano quer seja dentro de um ônibus, de um trem ou de um metrô você sentado vai olhando pela janela e você consegue observar um mundo que acontece lá fora enquanto você está parado dentro de um meio de transporte.
Já aconteceu comigo inúmeras vezes indo ou voltando do trabalho.
Mesmo porque eu tinha tempo de sobra até trocar de meio de transporte.
Bem ao contrário da "Casa da Fazenda", falar da "Mansão" é algo que pode até nos chocar frente a uma realidade nua e crua.
É um condomínio muito chique e caro pra se morar e viver de certa forma em um grande "burgo" atual todo cercado por altos muros e cercas elétricas.
Ali tem de tudo que se precisa concentrado em um só lugar.
Um paraíso caro de se conseguir.
Não é pra qualquer um.
Facilita a vida de todos aqueles que pagam um alto custo pra morar e manter um certo "luxo".
Uma área enorme que sai da Castelo Branco e ruma a Barueri e Santana de Parnaíba.
Porém, ao lado foram surgindo habitações que não condiz com o luxo vizinho.
Uma moradia enorme e que tinha todo o conforto para se morar bem e por sinal muito bem.
Em meio a grandes avenidas largas, pavimentadas, iluminadas e muito bem arborizadas.
Com segurança vinte e quatro horas dia e noite.
Uma piscina enorme de "águas azuis".
E claro tudo isso observado pelos menos afortunados.
Certo dia alguém toca a campainha.
A empregada de longe verifica de quem se trata.
Ao certificar verifica tratar de um ser humano com uma lata vazia nas mãos.
Não fala nada.
Apenas gesticula a sua pretensão olhando para a piscina.
A dona de longe vendo aquela cena e permite que aquela figura adentre e pegue o que quer.
Se aproxima da piscina e enche a lata e sai agradecendo a bondade dos moradores...
*este é um Conto de ficção/fantasia e qualquer semelhança com fatos reais terá sido mera coincidência.
Benedito José Rodrigues
Enviado por Benedito José Rodrigues em 27/10/2022
Alterado em 27/10/2022