O que não faz o medo
Em tempos de Halloween.
E era pra sentir muito medo.
Imagina a que ponto pode chegar a pessoa.
Bem, ao que se sabe as lendas e mitos, são de caráter fictício.
Até que se provém o contrário.
As lendas combinam fatos reais e históricos com fatos irreais que são meramente produto da imaginação humana.
Ou seja, muitas coisas ou histórias fantasiosas inventadas ou imaginadas que foram transmitidas de geração a geração.
As lendas geralmente fornecem explicações plausíveis, e até certo ponto aceitáveis, para coisas que não têm explicações científicas comprovadas.
Mané da muleta era um caboclo trabalhador, apesar da deficiência, e gostava de uma cachacinha e de contar histórias e vantagens sobre seus feitos.
Só que ninguém mais suportava suas mentiras.
Então, os amigos que já não acreditavam em mais nada do que ele contava, resolveram pregar-lhe uma peça.
Disseram que queriam ver se ele tinha coragem de ficar lá no meio do cemitério, a meia noite.
Ele tentou sair fora sem se desmoralizar e disse que não ia porque era um pouco longe e com somente uma perna não conseguiria chegar até lá.
Os amigos disseram então que não teria problema, levariam ele na charrete do Antônio.
Ele então concordou em fazer a prova.
Era uma noite de lua cheia e lá foram com o papudo arrepiando os cabelos e suando frio, rumo ao Cemitério do Alto Iracema. Um lugar bem deserto e longe do Jardim Marajá.
Lá largaram o mentiroso bem no meio do cemitério e correram a se esconder.
A meia noite em ponto, um deles saiu detrás de uma sepultura vestindo uma mortalha preta que ia até o chão, tinha uma foice na mão direita e uma vela acesa na mão esquerda.
E com uma voz tenebrosa foi dizendo: - “Então você que é o corajoso? Eu vim te buscar!”.
Em milésimos de segundos o Mané desapareceu que ninguém mais o encontrou...
*este é um conto de ficção/fantasia e qualquer semelhança com fatos reais terá sido mera coincidência.
Benedito José Rodrigues
Enviado por Benedito José Rodrigues em 30/10/2022