Valorizar o escritor brasileiro.
Incentivar quem faz da leitura um prazer.
Grandes nomes da literatura brasileira.
José de Alencar, Machado de Assis, Paulo Coelho, Cora Coralina, Clarice Lispector, Drummond.
Eu não sei quem publicou.
Mas, eu li.
Talvez no Facebook ou Instagram.
Eu acho que foi Drummond.
"Deus é triste."
Não há como se explicar
A tristeza de Deus.
Vi Deus várias vezes:
Dando milho aos pombos, na praça.
Na pupila do gato.
No gari, e seu boné laranja.
Vi Deus, levando quentinha
Debaixo de um pau d'agua
Numa segunda feira
Vi Deus sentado em cadeiras de metal
nas anti salas cirúrgicas.
Nas nebulosas
E nos buracos negros.
Os ateus e seus estudos
Os crentes
As igrejas de 300 anos.
Não se sabe se Deus é mulher
Ou bicho.
Se Deus é música.
Se Deus é mágico.
Se rege constelações
Ou se usa franciscanas
Se Deus é vegano
Ou curte churrasco.
Não se sabe se Deus sorri.
Mas, sabe-se num poema
Que Deus é triste.
Assim, como sua criação.
Tenho por mim que Deus
gargalha, que Deus sorri sendo criança
Ouve bossa nova, blues
E gospel do senhor
Deus gosta de homens
Com nome Francisco.
E Deus aglutina o universo.
Nem Darwim, o sabia.
Cansado de ser o centro
Deus se retira.
Deus ouve Clapton, e chora.
Deus há de chorar ao ler Manoel.
Mas quando Manoel sorri
Deus sorri.
Deus também dá importância aos bichos pau, aos sapos, e à cantilena das cigarras.
O que faz Deus chorar, é o homem.
Não fui eu quem o disse
Foi Drummond, no poema.
Deus se disfarça.
Às vezes, de pedra.
Eu gosto quando Deus sorri.