Em um mundo moderno sendo dominado pela tecnologia, pela robótica, capitalismo, modismo, consumismo e apego aos bens materiais a família é a meu ver, uma das mais belas e sábias invenções. Ela se constitui numa fonte de vida e de amor. Ela é a primeira coluna de sustentação da sociedade e de todo o processo educacional. Existe em nossa atual sociedade inúmeros tipos ou formas de vida familiar: famílias responsáveis que lutam por se manter; casais bem casados, outros em uniões provisórias, mulheres abandonadas pelos maridos, homens abandonados pelas mulheres, filhos rejeitados e abandonados a própria sorte pelos seus genitores e outras formas de vida. A desestruturação nas famílias e na educação dos filhos, a indiferença diante da vida, da natureza, gera toda forma de injustiça, de aflição e infelicidade que recai pesadamente na vida da sociedade. Em nossos dias atuais, de grandes mudanças comportamentais, são grandes os desafios e os questionamentos diante da realidade familiar e dos “arranjos familiares”. O ser humano vive combatendo efeitos e pouco se preocupa com a verdadeira causa: o enfraquecimento e o desmantelamento da família. Contudo, não nos abalamos, pois entendemos que família é essencial, é célula primordial, é bem transcultural, é valor perene. Esta instituição humana e de uma nobreza transcendental tem sobrevivido ao longo dos séculos, mesmo passando por fortes abalos e turbulências. Quando tudo vai bem com a família, mesmo assim, experimenta seus momentos de dor, de dúvidas e angústias. A realidade familiar nunca está parada. Seus membros crescem, se unem, se separam, sofrem as fragilidades e surpresas da vida e da própria originalidade do diferente que é cada um dos seus membros, com seus diversos papéis. Experimenta-se até mesmo a dor, a mágoa, a solidão e a secura de um deserto de amor e de vida...