Para a Filosofia, o acaso é algo que acontece sem ser consequência de algo passado, ou seja, efeito que não se explica por uma determinação precedente. Neste sentido, o acaso, filosoficamente entendido, se opõe ao pré-determinismo. Neste caso o acaso não é nada determinado. No seu sentido mais filosófico, o acaso designa uma causa acidental de acontecimentos ou de fenómenos cuja origem não consistiu numa ação deliberada – por exemplo, na natureza muitos fenômenos são considerados aleatórios, não estando associados a quaisquer causas, não sendo possível, por isso construir modelos científicos que os expliquem, com excepção de alguns modelos probabilísticos. Segundo Cournot, a palavra acaso designa também fenômenos ou acontecimentos cuja origem tenha sido a conjugação imprevisível de cadeias causais independentes. Nada ocorre por acaso? Com certeza, pois tudo tem causas e seus efeitos. Mas nem sempre temos acesso a elas, à sua compreensão ou a um entendimento mais profundo. Muitas são as vezes que não somos capazes de explicar porque as coisas são assim ou assado, deste jeito ou de outro jeito ou porque ocorreram desta ou daquela forma, mais precisamente: eis o acaso. Se hoje existimos é porque muitos já vieram antes de nós: os nossos tataravós, os nossos bisavós, os nossos avós e os nossos pais. E consequentemente nossos filhos e nossos netos só irão existirem por causa da nossa existência. Neste momento já é correto dizer que as gerações futuras só existirão por nossa causa. Na natureza é possível afirmar que é possível ocorrer a chuva por causa de um conjunto de fatores atmosféricos que se agregam para formar a chuva: a umidade relativa do ar, a água, a evaporação, o calor e a temperatura e sem esses elementos não ocorreria a chuva. Neste caso os fatores atmosféricos determinam a existência da chuva. Para a religião o que determina a nossa existência é Deus.